quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Adeus, ano-velho!

Não gosto de despedidas, não por isso as evito. Por mais dolorosa que seja, gosto de dar o último abraço, o último olhar, a última palavra. Despeço-me de 2008 com alegria. Um ano em que, como nos outros, subi um degrau e me preparo para o próximo. As coisas boas deste ano? Ah, foram muitas. Mantive velhos amigos, cativei novas amizades; verti intermináveis lágrimas, abri inúmeros sorrisos; enfrentei medos e angústias; ouvi palavras duras, recebi outras tão doces; destruí ilusões e aprendi a enxergar a verdade; decidi aprender um novo idioma; descobri paixão por um novo esporte; tenho um novo amor e muitos sonhos a criar...

– Calma! Não se despeça assim. Ainda é dia!, diz o ano de barba branca e olhinhos cheios de pregas.

– Preciso me despedir logo, ano velho. O dia passará rápido e não terei tempo de dizer-lhe algo à meia-noite.

– Como assim? Todos têm tempo de agradecer pelo ano que se passou e fazer desejos para o que se aproxima, reluta o senhor 2008.

– Mas é que eu não estarei numa festa, numa praia, nem sequer na minha casa. Infelizmente estarei numa redação para contar como foi a virada do ano na capital do Brasil.

– Poxa... Desejo então que ao se despedir de mim trabalhando, 2009 lhe traga dinheiro, prosperidade, viagens, praias...

Uma brincadeirinha para ver com bom-humor os percalços do jornalismo.

Feliz ano-novo a todos e que muitos sonhos sejam criados e bastantes desejos realizados em 2009!

Grande abraço e beijo carinhoso! Até o próximo ano!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Brasília

O mais belo pôr-do-sol
Encanta quem dela gosta e desgosta
Sem esquina, gente na rua ou farol
Quadrado onde mora a esperança
Do país que o futuro não alcança
Progresso tem quem entra na dança
Ordem só na bandeira dependurada
É a ilha da fantasia da pátria amada

Ela, ela e ela também saíram do óbvio e não usaram as palavras planejada - céu – monumento – poder – avião - planalto central - coração do Brasil - de todos os cantos

sábado, 13 de dezembro de 2008

Saudade

Vejo-te em sonhos que se repetem
Alimento-me do que não me sacia
Devaneios que os quilômetros não medem
Tormento que não alivia
É acreditar que um dia você viria
Para encher meu espírito de alegria
Saudade, minha companheira de todo dia

Ela, ela e ela também saíram do óbvio e não usaram as palavras distância - português – falta – sentimento – encontro - partir - voltar

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Música

Lenine faz-me acreditar que é possível
Moska apazigua um coração atormentado
Caymmi me faz ver o mar no cerrado
Cartola é a dor na poesia mais sensível
Chico é o sublime eternizado
Eu sem música seria impossível

Ela, ela e ela também saíram do óbvio e não usaram as palavras som – ritmo – vibração – dança – instrumento – nota musical

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Fugir

Meus pés têm pressa
Para evitar que eu veja ou sinta
Novamente o que me dói e corrói
Mas a vida é mais depressa
É a vida contra meus pés

Ela, ela e ela também saíram do óbvio e não usaram as palavras fugir – correr – horizonte – novo - velho