segunda-feira, 11 de maio de 2009

Descobrindo-me

Descubro-me velha. Gostos, preferências, vontades, mudaram. Descubro-me antiga. Quando muitos riem, eu me constranjo. Descubro-me cansada. Histórias se repetem. Descubro-me medrosa. Medo dos sonhos permanecerem apenas fantasias. Descubro-me criança. Ainda procuro o dedo-mindinho a me guiar quando já aprendi a andar. Descubro-me adulta. Dias atribulados, contas a pagar. Descubro-me menina. Invento amores impossíveis para florear noites solitárias. Descubro-me mulher. Os anos correm.

2 comentários:

Jasão disse...

o mais legal é o duplo sentido que tem esse "descubro-me": à medida em que a gente se descobre, a gente se revela...

beijo, saudade, AR!

Anônimo disse...

E que chato seria se não nos descobríssemos, meninas, adultas, velhas, cansadas e corajosas. Sempre novas descobertas.
Histórias podem mesmo se repetir, mas surpresas podem surgir a qualquer momento pelo caminho.
Beijos!
Flavinha