quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Delírios de férias

Não sei com que língua fala. Num dia, me fala em português. Noutro, me fala em russo. Na verdade, às vezes, não sei me traduzir. Um querer e um conseguir que andam descompassados. Ás vezes, não sei o que palavras e atitudes sugerem simultaneamente. Palavras já me afundaram. Atitudes já me elevaram. As duas juntas sempre me faltaram. Vivo hoje, mas não sei viver pela metade. A gula é meu pecado capital. Quero tudo, de uma vez, inteiro. Canso de esperar, não sei esperar. Mais uma vez, adio. Postergo pela tranquilidade de achar que fui paciente. Anseio pelo dia que estarei em terra distante, longe do que hoje me é também distante. E minha impaciência há de gritar novamente...