sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Tão perto e tão longe



Salguei o corpo
O sol cuidou de minha pele
O mar distraiu minha mente
Vi o nascer do sol
Ri até não poder mais
Revi a família
Comi lembranças da infância
Pisei a casa de meus avós
Conheci e me perdi em cada recanto
Cozinhei na casa de quem herdei meu nome
Dormi na casa que meus pais restauram
Descobri histórias
Ri das expressões da tia que cuidou de minha mãe
Vi onde meus pais se conheceram
Hoje vejo eles se dedicarem a um sonho
Agora, minha pele desbota
A realidade retorna
O silêncio é a voz da casa
Madalena quebra a mudez das paredes
E me acompanha pelos cantos
O fim do ano se aproxima
E eu clamo por mudanças
E menos saudades.

Ao meu pai e à minha mãe, que proporcionaram a distância de minhas angústias e a proximidade deles, de seus sonhos, do seu amor e de nossas origens.


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