Semanas atrás, voltei à minha curiosidade com a música brasileira. Dessa vez, conheci um pouco da potiguar Roberta Sá. Tive a oportunidade de vê-la, no ano passado, em uma participação em show em homenagem a Gonzaguinha, mas ainda não conhecia sua história ou seu trabalho.
Em um dia que não me apetecia a introspecção de ler um livro, baixo seu último disco – Que belo estranho dia pra se ter alegria (sim, baixei o disco. Meu modesto salário não comporta que cada conhecimento origine um novo cd, apesar de adorar a idéia). Coloco o cd no carro e ele perdura lá por vários dias.
Encantada, busco também seu primeiro disco, leio sua biografia, faço propaganda a amigos. Poucos sabem me dizer sobre ela ou têm opinião sobre a artista. Descobri a delícia de “descobrir” algo sem alguém ter feito referências ou elogios e eu mesma tecer minha própria idéia sem induzimento de outra.
Considero a cantora no rol de pessoas que me colocam pra baixo, no bom sentido. Com apenas 27 anos, ela tem dois belos discos com participações de grandes como Lenine e Ney Matogrosso. Com repertório de boníssimo gosto, entre suas músicas estão composições de Lula Queiroga, Dorival Caymmi, Chico Buarque, Pedro Luís.
Uma linda voz, um ritmo gostoso, belas interpretações. A isso se somam sua beleza e simpatia percebidas (ressalte-se, pois posso estar enganada) em apenas uma música no palco do Centro de Convenções de Brasília com Daniel Gonzaga. Sua jovialidade encanta e faz pensar o que virá de tanto melhor ainda pela frente.
Espero que a impressão de discos iniciais se confirme após mais trabalhos e que o Brasil tenha mais uma artista de valor crescente. E que ela venha a Brasília para me presentear ao vivo com o que conheço de gravação em estúdio.
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