Medos surgem onde nunca estiveram. É um medo de não ter a mão dada. É um medo de invejar a felicidade alheia. É um medo de borrar a maquiagem. É um medo de acreditar. É um medo de duvidar. É um medo de não ter alguém para se fazer planos. É um medo de faltar alguém para fazer uma viagem. É um medo de não saber o que fazer com as férias. É um medo de não ter com quem se preocupar. É um medo de não ter para quem ligar para contar como foi o dia. É um medo de não ter alguém de quem esperar uma mensagem. É um medo de não receber flores. É um medo da minha cama solteira. É um medo de não ter outros pés para enroscar. É um medo de não ter para quem fazer uma surpresa. É um medo de me bastar a mim mesma. É um medo de me arrumar somente a mim. É um medo do coração endurecido. É um medo de não dividir. É um medo de perder-se com o tempo do fim de semana. É um medo de não saber um beijo. É um medo de se lembrar quando não existe. É um medo das horas. É um medo de não saber-se ser acompanhada de um adjetivo possessivo. É um medo de sobrar. É um medo da falta. É um medo de ser sozinha.
"Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim"
Um comentário:
Os medos nunca me trouxeram nada de bom Ana. É difícil pacas libertar-se deles, mas é necessário.
Ser sozinho tem lá sua beleza - e não é um estado permanente.
Não adianta é procurar companhia - ela simplesmente...
acontece.
E é justo quando a gente menos espera, justo quando nos sentimos menos preparados... a vida adora nos pregar peças...
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