quinta-feira, 12 de março de 2009

Pequeno gigante pernambucano

Ah! O que falar do show de Antônio Nóbrega, o que falar de Antônio Nóbrega… Falta a palavra específica para definir o encantamento diante de um verdadeiro show, de um artista multifacetado, de um palco utilizado em todos os seus centímetros. A grandeza que os pernambucanos colocam em tudo que é do seu estado torna-se a mais completa verdade ao assistir ao músico, compositor, cantor, dançarino, entre vários outros adjetivos que cabem neste homem de aparência miúda.

O quinteto já tendo iniciado a primeira música, entra ele, de chapéu, camisa e calça largas, com o seu violino já preparado para arrebatar o público. Aplausos eufóricos. E ele sorri, começa seu próprio show, brinca com o instrumento e com as suas pernas, que mais parecem feitas de mola e não denunciam jamais a sua idade. Todo o espetáculo é um paradoxo de seriedade e jocosidade; seriedade pela excelência de tudo o que se apresenta; jocosidade pelos tantos sorrisos, comentários, pernas malemolentes, participações com o público.

Sua grandeza também está na variedade de instrumentos e gêneros que domina e culmina em aplausos antes mesmo de uma composição acabar. Violino, violão, bandolim. Instrumentais, frevos, choros, sambas. A maestria em tudo que se vê dá uma vontade de não querer nem piscar os olhos para não perder um segundo, sem falar dos ouvidos, que permanecem o tempo inteiro atentos para tanta virtuosidade. Flashes relampejam constantemente diante da vontade de registrar para sempre aquele momento único, que, no entanto, foi delicadamente pedido pelo artista para que se interrompesse.

Minha ignorância pede urgência para ser demolida. Como é possível eu já não ter visto este pequeno gigante é a grande pergunta que me fiz após o espetáculo. Além de brasileiro e, ainda mais, pernambucano (minhas grandes paixões musicais), é inovador, é aglutinador, é encantador. Quase duas horas de tantas maravilhas retiram todo o cansaço, todo o sono, e nos alegra com beleza e excelência.

Para terminar, me utilizo de suas próprias palavras: "licença, que eu vou rodar no carrossel do destino".

Um comentário:

Anônimo disse...

olá! dei uma atualizada lá no post, pra esclarecer alguns pontos... mas nada demais...

obrigado pela visita - bjO