quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Luluzinhas e suas interrogações

Até hoje um comentário de uma amiga me vem à mente. Ele ressurge de tempos em tempos pela incompreensão que tive da mensagem, assim como não entendi ter saído daquela cabecinha. Uma figurinha, como ela mesma se define, que “foge a todos os esquemas”. E assim ela é, de fato. Com ela convivi mais de sete meses diariamente. Uma santinha encrenqueira por quem tenho imenso carinho, mas que por diversas vezes discordamos enfaticamente sobre os grandes assuntos universais e individuais.

Duas cancerianas típicas, emocionais, apaixonadas, sonhadoras, separadas por uma boa diferença de anos. Eu precisava falar isso porque outra descrição que ela carrega de si mesma é de que é uma “velha”. Bobagem dessa santinha. A velhice está na amargura e na falta de esperança diante da vida, e ela é extremamente doce e auspiciosa para considerar-se velha.

Numa noite, entre delícias de países asiáticos, eu, ela e mais duas cabeças femininas pensantes falávamos sobre o amor, sobre homens. Não com o preconceito que possam imaginar quando mulheres se reúnem, por isso, o “pensantes”. E ela confessou que não se casaria novamente ou que então nem houvesse se casado se pudesse voltar no tempo.

“Há tanto homem interessante no mundo que eu não queria ficar somente com um”, assombrou-nos. Estupefata, perguntei-lhe: “Que raio de lugar é esse onde há tanto homem interessante?”. Rimos, é claro. Rimos talvez porque ela enxergue o que não vemos; ou porque não enxergamos homens interessantes nessa quantidade que ela mencionou; ou porque, se eles existem, eles não nos enxergam; ou porque definitivamente não encontramos um sequer.

E a incógnita permanece... Deixo somente outro comentário de outra querida sócia do clube: “Universo, se vira!”

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