O estereótipo da beleza cega, confunde, maltrata. Esta é uma beleza fácil, fugaz. Quero a beleza difícil, permanente, percebida em trocas, no permitir-se e no deixar. Como um diamante bruto que brilha ao primeiro toque, e não aquele que brilha inadvertidamente em calçadas ou beiras de rio.
Quero a pedrinha encontrável num antiquário, não numa cara loja de jóias. Não quero a modernidade, a cidade grande, entre o buzinar de carros e o tilintar de taças, entre dólares e dolores, as mesmas palavras. Quero o eterno, o romântico, o fora-de-moda, “uma casa no campo”, entre o piar de pássaros e o café na cama, o fílmico, o literário, o poético, a melodia, o abrir a porta. “Eu quero inteiro, e não pela metade”.
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