domingo, 17 de agosto de 2008

Marco Pereira – Celebração e despedida

Uma noite que começa com Eu sei que vou te amar é prenúncio de excelência. Assim, iniciou o show o violonista e compositor Marco Pereira, que transformou o Clube do Choro numa espécie de uma grande roda de amigos. Nas primeiras músicas, portou-se como paulista que é, de poucas palavras, meio nervoso. Mas, logo depois, mostrou-se carioca por devoção, com conversas e brincadeiras ao microfone e com uma seleção musical bem ao estilo boêmio do Rio de Janeiro de décadas atrás.

Além do hino de Tom Jobim que professa o amor eterno, tocou outras tantas perfeições do grande maestro brasileiro – Luísa, Passarim, Se todos fossem iguais a você –, já que este é o homenageado do projeto do Clube deste ano. Além dele, não puderam faltar Vinicius de Moraes, Baden Powell, Dorival Caymmi, Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali, Cachimbinho, entre outros.

Triste foi o dia seguinte. Alguém em casa acorda maravilhado com a noite anterior e cantarola Dorival Caymmi. Mais tarde, tem-se a notícia da morte do baiano mais baiano do Brasil. Marco Pereira ainda conseguiu despedir-nos com as músicas da voz mais tranqüila que cantou mar e pescadores. É amargo viver na terra sem Caymmi, mas são doces a lembrança que deixou e a eternidade de suas composições e de sua voz.

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