Não gosto de estratagemas. A própria palavra por si só, o signo já é feio. O significado então... Planos, esquemas, subterfúgios... Um palavreado que não constava do dicionário da minha vida, mas que fui aconselhada a tratar de fazer os tais acréscimos. Ele abriu meus olhos para tanta coisa que me perdi no meu já perdido mundo. Fiquei sem saber como agir e como desaprender o que aprendi a ser. Não sei ser diferente. Quantos no mundo fariam isso? E conseguem de fato?
O diabo é que me pergunto demais. Vejo-me como aquelas crianças com os olhos arregalados cheios de curiosidade. E, quando vejo esses olhinhos, fujo para não ter de dizer a verdade ou simplesmente por não saber responder. Eu bem queria fugir de mim quando essas interrogações vêm à tona... Dá um trabalho danado, a cabeça não pára, eu não durmo... E de nada adianta porque para quase tudo na vida não há respostas. De um pouco adianta porque os neurônios correm freneticamente e isso é bom para afastar o Alzheimer. Mas ainda estou nova para isso. Estou?
Mas adoro essas conversas. Por mais que doam algumas conclusões, é melhor do que seguir só andando, sem paradas. E quando há companhia para as intercaladas melhor ainda. Assim, não nos viciamos em nossos pensamentos, vemos e podemos admitir outros pontos de vista. Ao fim, chegamos a conclusão da “desconclusão”: é melhor eu continuar da forma como sou e que se dane o mundo.
* Uma brincadeira com o título de um livro do meu querido e “monografado” escritor Samuel Rawet:
Viagens de Ahasverus à terra alheia em busca de um passado que não existe porque é futuro e de um futuro que já passou porque sonhado, 1970
Um comentário:
Num mundo com tantos estrategistas neuróticos e alguns perdidos, perdeu-se a noção dos atos estratégicos e dos atos não estratégicos. Se de tudo fosse válido um conselho, aconselharia uma volta tranquila ao blogger de sua amiga Cláudia, para que os estrategistas de plantão possam respirar profundamente e dar uma relaxada... Beijinho.
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