sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Um passe para a paz










Paz! Que coisa mais difícil em manter... Antes, parecia ser só uma questão da paz somente como a diplomacia entre os países, o que não é nada pouco. Como se paz = ausência de guerra. Mas ela é batalha dentro de nós mesmos, travada contra sabotagens, próprias e alheias. É uma busca incessante e interminável. Qualquer descuido e um míssil ou uma fagulha podem pôr tudo a perder e nos fazermos recomeçar a luta. É uma fronteira tênue, uma descostura num delicado tecido por onde ela se esvai. Mas é preciso recuperá-la para sobreviver entre monstros. Monstros que somos, criamos, sem querer procuramos, sem desejar encontramos, sem perceber nos tornamos.

É preciso andar com linha e agulha para ao primeiro instante costurar o que foi desfeito. Se se demorar, o buraco aumenta e demora-se mais para trazê-la de volta. É uma procura tão constante que ela própria parece uma guerra. Não há descanso. Ser diplomático com si próprio às vezes é mais difícil que ponderar com os que estão próximos. E lidar com isso pode trazer dor. É preciso uma dose de egoísmo para não se afundar na areia movediça da vida que exige dar-se e doar-se.

A paz conquistada é uma vitória, mas mantê-la requer esforço, disciplina, controle de pensamentos. O cansaço nos olhos diante da impotência em ser sempre forte é, às vezes, inevitável. Mas é preciso enxugar e recomeçar, sempre. Porque não há cansaço que se prepondere perante a serenidade.

Um comentário:

Unknown disse...

Fatores intrínsecos e extrínsecos influenciam ou afetam a paz de que necessitamos para tranquilo e perceptível usufruto da alegria por si só é a manifestação do sopro de vida individual, que é único em meio a uma multiplicidade de tantas outras semelhanças e diversidades. Dentre os impulsos íntimos, um que é muito importante é auto-estima, que deve ser cultivada sem egoísmo, porque mencionado exclusivismo pode ser reprovado pela consciência - sob a forma de remorso - e atrair natural oposição, gerando conflitos incompreendidos pela miopia de quem centra o mundo em si próprio,esquecido da natureza social do homem, ser que só se completa quando quando há interação. De qualquer forma eu entendi o sentido dado ao termo egoísmo, no texto de recomendável leitura, pelo qual parebenizo a autoria.